Márcia Lucena e o tempo...
Já dizia o velho pensador dos montes, que o tempo é o
senhor da razão!
A prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB), esteve por algumas
horas, afastada do cargo, por motivos superiores, advindos da justiça. Esteve
enclausurada, mas não de sua liberdade de pensar, de construir, refletindo
sobre tudo, sobre todas as possibilidades. Esteve cativa, mas refugiada em seu
próprio “eu”, em seu mundo de saber, tendo controle de todos os fundamentos de
seu “Eu” humano.
Prefeita pela primeira vez em sua vida, iniciou sua
gestão trabalhando com os que ela demonstrava ter confiança. Assim seguia sua
sina de gestora.
Mas o tempo em que esteve com seu próprio tempo, lhes foi
revelado alguns desgostos, com aqueles que ela pensava que poderia contar. Na política
é assim. – Como se sentiu Cesar, ao ser traído por Cássio e Brutus, a quem ele
amava, no Senado Romano, sendo apunhalado, traído e morto.
Márcia tinha apresso por um de seus entes do governo, o
qual lhe chamava de mestre. Esse, lhe deixou e se foi, sem nem dizer... Até
mais. É o que diz os mais próximos do governo. Isso para ela, foi mais que uma
facada pelas costas, como Brutus fez a Cesar.
Perseguida
Como a uma odiada, lhes foi também, aferida, um pedido de
cassação, a ser apresentado no poder legislativo. Quem o pediu, sabe o passado
que tem e, com as mãos tão cheias de pecados, ainda atenta para lhe jogar pedras.
É muito ódio.
Mas, apesar de tudo, Márcia não sentiu solidão. Ouviu do
outro lado da muralha, um clamor, com amor, que ecoava e reverberava “MÁRCIA
LIVRE”. Era seu povo. Os predestinados a buscarem sua líder, a responsável
pelos destinos de uma terra que tanto progride. Tal ato deixava Márcia
tranquila, sabendo que seu povo estava ali, ao seu lado, a sua espera.
Afeto
O homem de cabelos brancos também estava lá! Sim, ele
estava lá. Disse que – “Queria lutar com todos os presentes no movimento, pela
liberdade de Márcia”, - com a voz meio que suprimida, mas ecoava com labor, com
muito amor pela filha querida. Seu Iveraldo Lucena estava lá!
Por fim, para o bem do povo e do município, que está em
progresso e não pode parar, Márcia estar livre, muito livre. Mais livre que os
ventos dos altos montes. Livre para administrar com zelo, coragem e saber
político.
Como ela mesma disse em seu discurso recente, - “Volto
mais forte”.
Que assim seja!
O Conde precisa dela. Precisa dessa capacidade de gerir,
de administrar, de fazer muito mais pela cidade, pelo município, que vem
ganhando uma nova cara, uma nova identidade como cidade litorânea, digna de seu
cartão postal, como cidade turística.
Mas aos que vibraram com sua ausência, um velho ditado
lhes representam muito coerentemente:
“Visitantes sempre dão prazer. Senão quando chegam, pelo
menos, quando partem".
Deixem a professora trabalhar!
Por
Arimatéia Sousa.
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