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(FOTO: DIDA SAMPAIO/ ESTADÃO) |
Os principais grupos que organizam
manifestações de rua a favor do impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff se dividiram em relação à realização do próximo ato, marcado para o
domingo, dia 31, em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o protesto deve
ocorrer na Avenida Paulista.
Enquanto os grupos
Movimento Brasil Livre e Nas Ruas optaram por adiar o protesto para agosto, em
uma data mais próxima à votação do impeachment no Senado, o Vem Pra Rua
preferiu manter a data inicialmente marcada.
Em nota, o Vem Pra
Rua afirmou que haverá atos em pelo menos 175 cidades. O grupo resumiu suas
reivindicações em cinco itens: defendem o impeachment definitivo de Dilma;
manifestam apoio à Operação Lava Jato; pedem a aprovação do projeto das 10
medidas contra a corrupção proposto pelo Ministério Público Federal; querem a
prisão de políticos corruptos; a renovação política e o fim do foro
privilegiado.
Um dos coordenadores
nacionais do MBL, Kim Kataguiri, afirmou que o adiamento da participação do
grupo foi decidido pela baixa adesão dos seguidores ao protesto e por ele estar
marcado em data muito distante da votação no Senado. “A mobilização não estava
boa”, admitiu. O estudante de Direito disse que as coordenações estaduais do
MBL foram informadas do adiamento da participação do grupo no dia 31, mas foram
liberadas para organizar atos locais se assim quiserem.
Racha
O grupo não marcou
data para uma próxima manifestação na Avenida Paulista. Ainda assim, Kataguiri
nega que haja um racha entre os movimentos pró-impeachment. “Já houve outras
ocasiões em que fizemos atos sem a adesão de outros grupos, como o Vem Pra Rua”,
disse ele, citando como exemplos a marcha a pé a Brasília e acampamentos em
frente ao Congresso Nacional.
Apoio
Marcadas também para
o próximo domingo, as manifestações em defesa do mandato da presidente afastada
Dilma Rousseff e com o lema “Fora Temer” estão mantidas em diversas cidades
brasileiras. Organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que
congregam mais de 40 entidades ligadas a movimentos sociais e sindicatos de
trabalhadores, os atos devem ocorrer em ao menos 16 capitais.
Em São Paulo, o
manifesto está marcado para as 14h no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona
oeste. Os manifestantes também irão às ruas pela garantia dos direitos
trabalhistas e contra o que chamam de retrocessos propostos pelo governo
interino, além da defesa da reforma política. (AE)
Diário do Poder.
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