Depois da veiculação
de que o ex-secretário de Estado, Waldson de Souza, estaria delatando o
ex-prefeito interino e vereador Bayeux, Nôquinha, ao afirmar que este teria
firmado acordo com o ex-governador Ricardo Coutinho para cassar o então
vice-prefeito Luiz Antônio em troca de cargos, o parlamentar emitiu nota na
noite desta segunda-feira (27) afirmando não ter feito tal acordo e que desfia
alguém provar conduta ilícita da sua parte durante o processo em que assumiu o
Executivo bayeuxense.
Nôquinha afirma que
procurou o então governador para pedir ajuda técnica nas áreas mais sensíveis
da gestão, Educação e Saúde, ao solicitar que indicasse nomes que pudessem
gerir as pastas e o auxiliassem a governar a cidade, já que assumira o
município em condições adversas e precisava de respaldo, no que foi prontamente
atendido por Ricardo.
Nôquinha também
afirmou não ser possível Waldson fazer tais afirmações, vez que no processo
movido por Luiz Antônio questionando a sua casacão, ele mesmo (Waldson) já
havia dito que não praticou nenhum tipo de ingerência na gestão ou que tenha
feito qualquer acordo com o então prefeito neste sentido.
Nôquinha fez um
desafio para que provem que ele praticou atos ilícitos nas suas relações com o
Governo do Estado no tempo que governou a cidade.
Confira a nota:
NOTA
Venho por meio desta
nota trazer alguns esclarecimentos à população bayeuxense a respeito de
informação veiculada em programa radiofônico tratando de possíveis acordos
escusos para que assumíssemos a gestão municipal quando do afastamento do então
vice-prefeito Luiz Antônio Alvino.
Em primeiro lugar,
sempre fiz oposição a Luiz enquanto exerceu o cargo de prefeito interino. Como tal, no seu processo de cassação, votei
ao lado de outros colegas que compartilhavam da mesma opinião.
Assumi a interinidade
do Executivo municipal por determinação judicial. Como presidente do
parlamento, era minha obrigação.
Ao chegar ao cargo de
prefeito de forma abrupta, emergencial, procurei me respaldar através de
parcerias com o Governo do Estado, maior realizador de obras nesta cidade, cuja
aprovação passava dos 80% pela população bayeuxense.
Ao encontrar com o
então governador Ricardo Coutinho pedi orientação técnica em áreas que
considerava mais importantes como Educação e Saúde e ele aceitou indicar nomes
técnicos para as pastas como forma de nos auxiliar e ajudar a cidade em mais um
momento delicado que passava naquele instante, e assim o fez.
O então secretário
Waldson de Souza conduziu todo o processo e nenhum acordo ilegal ou que
inspirasse qualquer forma de corrupção foi levantado, ali estavam grupos
políticos se articulando para viabilizar uma administração que trabalhasse pela
melhoria da qualidade de vida do nosso povo.
Quanto à informação
de que o mesmo Waldson, implicado na Operação Calvário, tivesse feito delação
acusando a mim de ter feito acordos que beneficiassem colegas vereadores com
cargos na prefeitura em troca da cassação do então vice-prefeito e prefeito
interino, defino como mera ilação, pois jamais compactuei com tal prática.
Lembro que o tema foi
motivo de ação impetrada por Luiz Antônio e arquivada na Justiça de Bayeux,
onde Waldson prestou depoimento e negou que ele ou qualquer integrante do
Governo do Estado tenha interferido na nossa gestão, além da indicação dos
técnicos que ocupavam as pastas da Saúde e da Educação, assim como acordado com
o ex-governador Ricardo Coutinho e que fora cumprido.
Por fim, desafio
qualquer pessoa mostrar ou provar qualquer ato de ilegalidade na ligação que
mantive com o Governo do Estado à época ou quaisquer das figuras que o
representavam, garantindo lisura nos procedimentos adotados por mim em busca
apenas de estruturar e fazer funcionar uma gestão que carecia da atenção de
todas as instâncias do poder público.
Mauri Batista (Nôquinha)
Ex-prefeito interino e Vereador da cidade de Bayeux
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