A partir da próxima
quinta-feira (30), as lâmpadas incandescentes não poderão mais ser vendidas no
Brasil. As alternativas para os consumidores são as lâmpadas fluorescentes ou
as de LED que, apesar de mais caras, consomem menos energia e duram mais.
Uma lâmpada
fluorescente compacta economiza 75%, se comparada a uma lâmpada incandescente
de luminosidade equivalente. E se a opção for por uma lâmpada de LED, essa
economia sobe para 85%. A durabilidade da LED é 25 vezes superior às lâmpadas
incandescentes e até quatro vezes maior que as lâmpadas fluorescentes.
Para o diretor
técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux ), Isac
Roizenblatt, vale a pena investir em lâmpadas mais modernas, porque o retorno
financeiro é grande. “O que custa pesado para os consumidores não é o preço da
lâmpada de fato, é o preço da energia ao longo do tempo. Então, esse
investimento retorna rapidamente”, avalia.
Enquanto uma lâmpada
incandescente de 60 watts custava em média R$ 2,90, uma equivalente de LED
custa em torno de R$ 8,90. Segundo a Abilux, o preço da lâmpada de LED vem
caindo cerca de 30% por ano no Brasil.
Roizenblatt também
aponta que as lâmpadas incandescentes emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o
que prejudica o meio ambiente. “É uma lâmpada que tem baixíssima eficiência e
vida curta”, explica. Segundo ele, a melhor opção é usar as lâmpadas LED, que
são mais eficientes e não contêm metais pesados, como as fluorescentes, que têm
mercúrio em sua composição. O uso de lâmpadas LED já é adotado amplamente em
outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba,
Austrália, Argentina, Venezuela e na União Europeia.
A troca das lâmpadas
incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas
com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre
60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W, e o processo de
substituição acaba no dia 30 junho deste ano, com a proibição das lâmpadas com
potência inferior a 40W. A partir dos prazos finais estabelecidos, fabricantes,
atacadistas e varejistas serão fiscalizados. Os estabelecimentos, importadores
e fabricantes serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e quem não atender à legislação poderá ser
multado.
Segundo a Abilux, se
todas as lâmpadas do país fossem substituídas por LED, haveria uma redução de
cerca de 10% no consumo de energia elétrica. “Não só o cidadão ganha quando usa
uma lâmpada mais moderna, mas o país ganha porque transfere investimentos em
geração e distribuição de energia. A diferença de eficiência é tão grande que
reflete em todo o país porque não existe lugar onde não se usa uma lâmpada, em
ambientes externos e internos. Então, vale a pena”, diz Roizenblatt. Segundo
dados da ONU, a substituição das lâmpadas incandescentes no mercado é capaz de
economizar anualmente cerca de 5% de toda a energia elétrica utilizada no
mundo.
Nas lojas de
Brasília, já é difícil encontrar lâmpadas incandescentes para vender, embora
ainda haja procura dos consumidores. “Algumas pessoas ainda procuram, se
tivéssemos ainda em estoque, com certeza venderíamos”, diz o gerente de vendas
de uma loja da capital, Sebastião Pereira Costa.
Segundo ele, as
pessoas procuram porque gostam da cor da luz incandescente e não se acostumam
com a luz emitida pelas lâmpadas LED. “A qualidade da luz incandescente ainda é
a melhor, apesar de ter um maior consumo de energia, esquentar muito e durar
pouco”, diz. De acordo com o gerente, existem hoje no mercado opções de
lâmpadas LED com luminosidade amarelada, parecida com as incandescentes.
Portal Correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário