
Do G1 RN
Um homem foi preso na
noite desta sexta-feira (12) após desenterrar o corpo da mãe do cemitério
público da cidade de Ipueira, distante 305 Km de Natal, no Rio Grande do Norte.
De acordo com informações da Polícia Civil, o homem afirmou que queria levar o
corpo da mãe para ser enterrado em outro túmulo para que ela ficasse 'junto
dele quando morresse'.
Segundo o delegado
Valério Kurten, da 3ª delegacia Regional de Caicó, o homem foi denunciado por
pessoas da própria família e de familiares de outras pessoas enterradas no
local. "Ele disse ter alguns desentendimentos com a família e que queria
transportar o corpo da mãe para outro terreno, aonde ele também seria enterrado
quando morresse", explicou o delegado.
Ainda de acordo com
Kurten, o homem chegou a perguntar ao coveiro sobre o procedimento necessário
para remover o corpo da mãe do cemitério, no entanto, como era necessário o
consentimento dos demais familiares, ele teria decidido entrar no cemitério
durante a noite para retirar o corpo.
Após ser preso, o homem
foi conduzido até a delegacia, aonde foi autuado por violação de sepultura.
Caso seja condenado, o homem pode pegar uma pena de um a três anos de reclusão
mais multa. Como o crime praticado é de baixo potencial ofensivo, o delegado
arbitrou uma fiança no valor de R$ 300, no entanto, o homem não teve condições
de pagar o valor.
Prisão decretada
O Ministério Público
Estadual pediu pelo relaxamento da prisão do homem. O MP considerou que não
restava nenhuma situação do flagrante ou da fiança arbitrada.No entanto, na
tarde deste sábado (13), o juiz Guilherme Melo Cortez negou o pedido de
relaxamento e decretou a prisão preventiva.
De acordo com a
decisão do magistrado, o homem tem uma extensa lista de antecedentes criminais
"demonstrando sua índole voltada a prática delituosa, gerando enorme risco
de reiteração", explica na decisão.
"Não se pode
olvidar os reflexos que um ato desta natureza causam em uma cidade com
população de pouco mais de 2.000 (dois mil) habitantes. Acrescente-se que o
autuado possui extensa lista de antecedentes(...) Deste modo, entendo que a ordem pública deve
ser resguardada", justifica o magistrado.
*Com informações de
Rafaella Vianna, produtora da TV Globo
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