(FOTO: LULA MARQUES) |
Obra intelectual do site “Diário do Poder”.
Por cinco votos a
dois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir a ação de impugnação de
mandato da presidente Dilma Rousseff, que pode cassar o diploma da petista e
também do vice-presidente da República, Michel Temer.
Desde agosto, quando
o julgamento foi paralisado por um pedido de vista, a Corte já possuía maioria
formada para abrir a apuração. A partir de agora, a Justiça Eleitoral pode
colher provas que entender necessárias sobre o caso.
A partir de agora,
caberá ao presidente da Corte, Dias Toffoli, decidir quem irá conduzir a ação,
que pode ser encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, que tem feito críticas duras
ao governo e ao suposto recebimento de dinheiro oriundo do esquema de corrupção
na Petrobras para a campanha petista.
Votaram nesta noite
os ministros Luciana Lóssio e Toffoli. Ficaram a favor da abertura da ação no
TSE os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha - que deixou a
composição da Corte na semana passada -, Toffoli, Henrique Neves e Luiz Fux.
Apenas as ministras Maria Thereza de Assis Moura e Luciana Lóssio foram contra
a continuidade das investigações.
Inicialmente, a
relatora do caso era Maria Thereza, que em fevereiro arquivou o caso. Como a
ministra ficou vencida na discussão desta noite, apontou que não deveria seguir
na relatoria do processo.
Pela lógica em vigor
no Supremo Tribunal Federal (STF), o relator seria o primeiro ministro a
apresentar o voto vencedor. No caso, a relatoria seria destinada ao ministro
Gilmar Mendes.
Após ter pedido vista
da ação do caso em agosto, a ministra Luciana Lóssio retomou julgamento na
Corte nesta noite com voto contra a abertura das apurações e sugestão de que
todos os casos que questionam a legitimidade da campanha petista de 2014 fiquem
sob relatoria de um único ministro. Pela sugestão, os processos ficariam no
gabinete do ministro Luiz Fux.
O voto da ministra,
que suscitou uma série de questões técnicas, durou cerca de uma hora. A
proposta de unir as quatro ações foi feita por Fux no final de agosto. Toffoli
proclamou hoje o resultado do julgamento de forma breve e disse que caberia a
ele como presidente, definir o relator.
Diário do Poder.
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