Escrivães, papiloscopistas e agentes da
Polícia Federal começam nesta quarta-feira uma paralisação de 72 horas em
protesto à edição da Medida Provisória 657/14, que torna o cargo de
diretor-geral da PF função exclusiva de delegados. O movimento deverá começar
no final da tarde desta terça-feira, com atos públicos pra anunciar a greve em
frente às unidades da PF.
No Rio de Janeiro, os atos estão
agendados para as 18 horas na sede da Petrobras para reforçar as denúncias de
corrupção na empresa. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef)
afirma que a greve afetará pelo menos dezessete Estados na quinta-feira e
sexta-feira. “A paralisação não atingirá o atendimento ao público, outra vítima
dessa MP absurda, que representa um retrocesso. O governo nos traiu, quebrou o
acordo que fez com os EPAs (escrivães, papiloscopistas e agentes) de nada
editar durante os 150 dias de negociação que só terminam em novembro.”
A Associação Nacional dos Delegados de
Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
(Fenadepol) classificaram como injustificável a paralisação. “É motivo de
preocupação entre os delegados de Polícia Federal que a boa imagem da instituição
perante a sociedade brasileira seja comprometida por um movimento grevista
inoportuno com finalidade nitidamente eleitoreira”, afirmou em nota a
associação dos delegados.
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