
Desde o início da gestão do prefeito
Marcelo Rodrigues (PMDB), em janeiro de 2013, que a população de Alhandra se
depara com afirmações divergentes da gestão municipal e dos vereadores de
oposição sobre a formulação do orçamento e a destinação dos recursos públicos
na cidade. Em 2013, a questão recaiu sobre uma dotação orçamentária irreal,
para o ano em questão, que tinha sido elaborada pelo grupo político que perdeu
as eleições. Agora, em 2014, a discussão remonta, entre outras questões, ao
fato da Prefeitura ter recursos em caixa, cerca de R$ 10 milhões, para investir
no município, mas por falta de dotação e de uma suplementação ficar
impossibilitada de realizar obras e ações.
Para dirimir as dúvidas e melhor
informar à população, o prefeito Marcelo Rodrigues, acatou a sugestão do
ouvinte de um programa de rádio, que entrou no ar nesta terça-feira (08),
sugerindo a realização de uma audiência pública onde os vereadores de oposição
e os representantes da atual administração municipal pudessem debater
abertamente e com a presença do público essa questão orçamentária. “A ideia do
debate público é muito boa e desde já confirmo participação na audiência. É
preciso que a população tome conhecimento do que está acontecendo em Alhandra.
Todos na cidade me conhecem, sou filho da terra, o meu propósito é fazer com
que minha cidade se desenvolva e, infelizmente, não tenho contado com o apoio
dos vereadores de oposição neste sentido”, afirma Marcelo.
Em entrevista numa emissora de rádio da
capital, na manhã desta terça-feira, um dos vereadores de oposição chegou a
afirmar que o prefeito Marcelo queria um “cheque em branco” para administrar a
cidade, mas, o prefeito respondeu a colocação, em tempo real, já que estava
também no ar via telefone. “Não quero um cheque em branco, gostaria apenas de
ter autonomia para administrar a cidade, uma vez que fui eleito gestor com essa
finalidade. O que os vereadores de oposição querem é direcionar as ações de
minha gestão, engessando o orçamento e ditando o que e onde eu devo investir.
Eles tiraram toda a suplementação, tentam direcionar a destinação dos recursos
e eu fiquei impossibilitando também de fazer remanejamento de recursos entre as
secretarias, algo inédito na história recente de Alhandra”, argumentou o
prefeito, lembrando que o mesmo vereador que fez essa afirmação, aprovou
suplementação de 80% para o ex-gestor Renato Mendes.
“Gostaria de saber qual o interesse dos
vereadores de oposição em zerar a suplementação”, indagou o prefeito ainda
durante o programa radiofônico. Marcelo lembrou sua trajetória de vida, falou
de sua integridade e reafirmou seu compromisso com a população de Alhandra. “Todos os vereadores
me conhecem, sabem de minhas intenções, não entendo por que tanta confusão. Os
vereadores devem sim fiscalizar as contas públicas, acompanhar a destinação dos
recursos, propor ações através de projetos, cobrar ações do poder público,
denunciar erros quando eles existirem, mas atrapalhar a administração não é uma
prerrogativa de quem defende e representa o povo porque agindo assim, eles não
estão apenas atingindo o prefeito Marcelo e sua administração, mas o povo, as
pessoas que são as beneficiárias dos serviços e obras que devem ser disponibilizados
e executados pela prefeitura e que com essa disputa política são os maiores
prejudicados”, finalizou Marcelo, na esperança que os vereadores acatem a
sugestão do ouvinte Chitara, de Alhandra, que sugeriu a realização da audiência
pública para debater esse assunto.
Respondendo também sobre a retirada do
projeto de suplementação de 40% enviado à Câmara e depois retirado de pauta, o
prefeito explicou que a proposta foi retirada porque, simultaneamente, ao envio
do pedido de suplementação, a Prefeitura fez uma consulta ao Tribunal de Contas
do estado (TCE) para saber do respaldo legal que teria para utilização destes
recursos em caixa. “Como o Tribunal respondeu favorável à consulta, agora
podemos dar encaminhamento às ações que buscam dotar a cidade de equipamentos e
serviços com um respaldo legal”, explicou o prefeito.
Secom/ Alhandra- PB
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