Arimatéia Sousa, Conde, 16/03/2020.
Não
sou filósofo, nem tampouco, ando perto de ser um profundo analista político.
Deixo estes méritos para os grandes pensadores. Mas aí de mim, se não fosse a
liberdade do pensar!
Os
moradores de Conde e, em especial, os eleitores e a classe política, foram
pegos de surpresa com uma imagem que rodou a mídia condense, na tarde desta
iluminada segunda-feira, 16 de Março de 2020. Três vereadores de Conde, juntos
a um deputado estadual, posaram para uma foto, todos na imagem, contagiados
por um sentimento de felicidades. Mas é claro que eles têm esse direito. São
livres e emancipados.
Aristóteles
(384 – 322 a.c) em sua “Política”, “o homem é, por natureza, um ser político”.
A
política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o
indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a
política é a doutrina moral social. Desta ciência trata Aristóteles
precisamente na Política, de que acima se falou.
As origens dos homens fotogênicos.
É
salutar afirmar que todos os três vereadores endossados na articulação acima,
foram eleitos nos palanques de Aluísio Régis e Tatiana Corrêa. O vereador e
atual presidente da Câmara, Carlos André (Manga Rosa) (MDB), foi eleito no
palanque de Aluísio, bem como o vereador Juscelino (PPS), que chegou a ser
secretário do governo de Aluísio. Já Daniel Junior (PR), foi eleito no palanque
de Tatiana Corrêa.
Eleições 2020
Aluísio
e Tatiana tem um projeto em comum, que é a candidatura da nora, Karla Pimentel,
que ainda insiste e sonha em levar a diante, sua pré-candidata a prefeitura de
Conde.
Mas
os fatos só caracterizam o abandono daqueles que – poderiam- demonstrar
fidelidades ao grupo da família Corrêa e Régis. Sim, isso mesmo. Eles foram em
busca de outros projetos. Afirmam ainda, nas mídias, que eles estariam de malas
prontas para ingressarem no partido do governador João Azevedo, o Cidadania.
Isso só comprova o quanto o projeto dos Régis vem sendo abandonado, inclusive,
por aqueles que foram projetados na política por eles.
O
que exclamam, é que estes jovens políticos, fortalecem o que chamam de –Ruptura-
na política, um separatismo da política velha, do novo.
Um
grupo de entusiastas, afirmam ainda, que estes três nobres vereadores, representam
a liberdade dos que sonham com uma nova política, sem a interferência dos que
governaram no passado.
De
fato, esta é a retórica de um povo que não aguentava mais uma forma de governo,
quase que absolutista, que não escutava o povo, que governava com força e
humilhação. Partindo deste princípio, quem os considera assim (os vereadores),
talvez tenha acertado a aposta no sentimento de liberdade.
A
debandada dos ex-escudeiros do grupo dos Régis traz um sentimento de perca, de
derrota antecipada. Mas na política é assim, ninguém é dono de ninguém, e os
vereadores tem o direito de irem, de decidirem, de saírem, de navegarem em
outros mares.
Quanto
ao grupo de Aluísio, resta ver, no imenso Oceano da Política, o navegar de seus
antigos discípulos, navegando para outros mares. Mas tal partida reflete o
fracasso do projeto de Karla, em sonhar em ser prefeita de Conde. Não se elege
sem grupo.
O
pensar é livre. Essa é uma reflexão de como tende a ser a política, as eleições
2020.
Avante!
Outubro tá logo ali, bem pertinho.
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