
A Justiça Federal rejeitou
o arquivamento da investigação sobre supostas ameaças ao juiz Sérgio Moro, da
Operação Lava Jato, ditas publicamente pelo presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante manifestação na Avenida Paulista.
“Nós vamos nos livrar do Moro”, disse Freitas, na ocasião, 18 de março.
Sob argumento de que
as palavras do sindicalista representam liberdade de expressão exercida em meio
a paixões políticas, a Procuradoria decidiu dar um fim na apuração. Mas o Ali
Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal, não concordou com a medida e mandou
enviar o caso para apreciação da Procuradoria-Geral da República, conforme
prevê o artigo 28 do Código de Processo Penal.
Os ataques a Moro
foram realizados pelo presidente da CUT em 18 de março. No palanque montado na
Paulista também estavam o ex-presidente Lula e o prefeito de São Paulo Fernando
Haddad (PT). Dias antes, Lula havia sido alvo da Operação Aletheia,
desdobramento da Lava Jato que pegou o ex-presidente no grampo com a então
presidente Dillma, ministros, políticos e com o próprio líder da CUT.
“Um golpe, um juiz de
toga, acha que pode substituir o voto”, disse Vagner Freitas. “Juiz é pra
julgar, quem manda somos nós, que temos voto. Não podemos ter a ditadura do
Poder Judiciário. Não podemos ter o que o Moro fez.” Em seguida. “Quero lhe
dizer presidente Lula, que o Moro não grampeou o Lula e a Dilma, o Moro
grampeou a democracia. O Moro grampeou o Estado de direito. O Moro grampeou o
Brasil. E nós vamos nos livrar do Moro”. O evento foi filmado e postado no
canal de vídeos do Youtube.
O juiz ressalta que
‘as palavras não foram pronunciadas por pessoa simplória ou parva, mas
propagadas por uma liderança expressiva, presidente da maior entidade de
representação sindical brasileira’.
Fonte: Diário do Poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário