
Entenda Movimentações Sobre Ex-Ministro.
Nova fase da Operação
Lava Jato prendeu temporariamente o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Ele
foi preso no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde
acompanhava a mulher em uma cirurgia. Mantega é investigado em dois contratos,
no valor de R$6 milhões e R$7 milhões, em 2013, para pagar dívidas de campanha
do PT e para repassar dinheiro a José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do
governo Lula. Ele também é acusado de receber R$5 milhões de Eike Batista, por
meio da empresa OSX, e outros R$2,5 milhões de agências de publicidade.
A Polícia Fderal
cumpre mandados desde a madrugada desta quinta-feira (22) em São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. São 33
mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução
coercitiva.
Também são alvos
desta fase executivos das empresas Mendes Júnior e OSX Construção Naval S.A., e
representantes de empresas por elas utilizadas para o repasse de vantagens
indevidas.
Esta 34ª fase da Lava
Jato, foi batizada de Operação Arquivo X. Os investigados com mandado de
condução coercitiva foram levados às sedes da Polícia Federal nas cidades em
que foram localizados. Eles serão liberados após depoimento. Os presos serão
levados à sede da PF em Curitiba, onde permanecerão à disposição das
autoridades.
Operação Arquivo X
Segundo a PF, nesta
fase são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de
empresas para a construção de duas plataformas para a exploração do petróleo na
camada do pré-sal, que teriam se associado na forma de consórcio para obter
contratos de construção das duas plataformas, mesmo sem “experiência, estrutura
ou preparo”.
Ainda de acordo com
os investigadores, verificou-se que, em 2012, Mantega teria atuado diretamente
junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para o
pagamento de dívidas de campanha de partido político da situação. “Estes
valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam
no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido”, diz a PF.
O nome “Arquivo X” é
referência a um dos grupos empresariais investigados e que tem como marca a
colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu
conglomerado empresarial.
O juiz federal Sergio
Moro revogou o pedido de prisão temporária do ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega nesta quinta-feira (22). Na justificativa, Moro cita que Mantega estava
no hospital acompanhando sua esposa quando foi detido e, por isso, não vê
"riscos de interferência da colheita das provas nesse momento".
Moro revoga prisão preventiva de Mantega.

O ex-ministro de Lula
e Dilma havia sido preso em São Paulo mais cedo nesta quinta na 34ª fase da
Operação Lava Jato, denominada "Arquivo X".
Veja os detalhes da decisão:
O DOUTOR SERGIO FERNANDO MORO, MM. Juiz Federal da 13ª
Vara Federal de Curitiba/PR, na forma da lei,
DETERMINA a Autoridade Policial que, ao ser-lhe
apresentado o presente alvará de soltura, indo por ele assinado, ponha
imediatamente em liberdade, se outro motivo não houver para permanecer preso, o
investigado abaixo qualificado, em vista da decisão proferida nesta data nos
autos acima, que determinou a sua soltura.
Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado
que a prisão temporária foi efetivada na data de hoje quando o ex-Ministro
acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia.
Tal fato era desconhecido da autoridade policial, MPF e
deste Juízo.
Segundo informações colhidas pela autoridade policial, o
ato foi praticado com toda a discrição, sem ingresso interno no Hospital.
Não obstante, considerando os fatos de que as buscas nos
endereços dos investigados já se iniciaram e que o ex-Ministro acompanhava o
cônjuge no hospital e, se liberado, deve assim continuar, reputo, no momento,
esvaziados os riscos de interferência da colheita das provas nesse momento.
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