"Não estamos em uma zona de classificação".
Em entrevista já no
Rio de Janeiro como técnico da seleção, nesta segunda-feira (20), o agora
ex-comandante corintiano disse que pediu autonomia e citou palavras como
modernização e transparência para justificar o sim à seleção.
"Essa é a minha
atividade e é o convite que me foi feito: para ser técnico da seleção
brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira que eu
tenho para contribuir naquilo que tenho ideia e foi minha vida. Transparência,
democratização, excelência, modernidade... É a forma que eu penso e trago para
o futebol. O meu legado pode falar a respeito que eu conduzi. E sou dessa forma
em todas as áreas", disse Tite, para depois completar.
"Quando houve o
convite para a conversa, acertamos depois do desligamento no Corinthians. Eu
queria autonomia de direcionar a nós todos a busca de excelência no melhor do
futebol. É isso que eu sei fazer, é essa contribuição que eu posso dar. Me
reformatar e me reorganizar quanto técnico. E a maneira que eu tenho de
contribuir é ter minha autonomia para desenvolver o futebol. É uma
responsabilidade muito grande. Democratização, transparência, modernização",
repetiu.
No aspecto pessoal,
Tite citou que seria importante para ele ter a seleção brasileira no currículo
e admite que teve certo "frio na barriga" nos últimos dias ao pensar
seu novo cargo.
"A perna estava
balançando, vivo com a expectativa. É o lado humano que nós temos. É que todos,
inclusive o Neymar, quer o bem da seleção. Compete a nós encontrarmos o melhor
caminho, buscar isso. E começo a trabalhar e potencializar o melhor
caminho".
TITE EXPLICA NÃO ÀS OLIMPÍADAS E ADMITE CHANCE DE FICAR
FORA DA COPA
O comandante ainda
anunciou que já viaja para os Estados Unidos para acompanhar o jogo entre
Colômbia e Chile, na próxima quarta-feira (22), em Chicago, na semifinal da
Copa América.
Ele também justificou
o fato de recusar assumir o time olímpico, que busca o ouro inédito em agosto.
"Se ganhar, louros para caramba. Se perder, eu já teria a desculpa pronta.
Assumi em cima da hora. E qual é a prioridade? Classificação e os dois próximos
jogos. Preciso ir, ajustar, estar dentro dessa situação o mais rápido
possível".
"O foco é a
classificação no Mundial e não estamos em uma zona de classificação. Vamos
trabalhar em cima disso. Mas claro que corre o risco (de ficar fora). Se tu não
aceitar, você vai estar lutando contra a realidade. Estou aqui porque
infelizmente o resultado não veio. É um fato real. Mas há toda uma qualidade
para que a gente cresça e busca essa situação. É assim nas equipes e também
vejo assim em seleções".
Uol Esporte Futebol
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