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(Foto: Diogo Almeida/G1) |
A abertura de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias apresentadas
pelo Controladoria Geral da União (CGU) de superfaturamento das obras do Parque
Sólon de Lucena, a Lagoa, foi requerida nesta terça-feira (8) na Câmara Municipal
de João Pessoa. Dez vereadores assinaram o requerimento, sendo metade deles da
base de sustentação do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) na Casa.
Além dos vereadores
da oposição – Renato Martins (PSB), Raoni Mendes (PTB), Lucas de Britto (DEM),
Zezinho Botafogo (PSB) e Fuba (PT) – também assinaram o requerimento para
instalação da CPI da Lagoa os governistas Bruno Farias (PPS), Djanilson Fonseca
(PPS), Chico do Sindicato (PP), Felipe Leitão (sem partido) e João dos Santos
(PR).
O líder da bancada
governista, Marco Antonio (PPS) disse que foi pego de surpresa com a “traição”
de cinco governistas. O parlamentar pretende se reunir com os parlamentares
para cobrar explicações, mas já adiantou que não considera os vereadores que
assinaram como aliados do prefeito.
O vereador governista
Bruno Farias negou que a assinatura seja um passaporte para migrar para a
bancada oposicionista. “O papel fundamental do parlamentar é este e não vou me
negar a exercê-lo. Esperamos que os fatos sejam melhor investigados e por isso assinamos.
Isso não significa rompimento com o prefeito”, afirmou.
Para o líder da
oposição, Renato Martins, o mais importante é que foi dado espaço para que o
debate seja feito na Casa. “Queremos saber onde foi parar os quase R$ 10
milhões que a CGU aponta que teriam sido desviados, descobrir os culpados e
cobrar que eles devolvam o dinheiro”, justificou.
Em nota à imprensa, a
prefeitura informou que já observou as sugestões do relatório da CGU e
ressaltou que João Pessoa foi considerada uma das mais transparentes do país.
"Para a prefeitura, fica claro que a tentativa de instalação de uma CPI em
pleno ano de eleições tem um propósito puramente eleitoreiro. Lamentavelmente,
a oposição quer utilizar a Câmara de Vereadores como instrumento de interesses
políticos menores", diz a nota.
Confira a nota na
íntegra:
Em face das recentes
movimentações de alguns vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa sobre as
obras do Parque Solon de Lucena, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP)
vem a público fazer as seguintes considerações:
- A histórica obra do
Parque Solon de Lucena está em sua etapa final. Até o mês de junho, João Pessoa
irá receber de volta o maior cartão postal da cidade. A obra deixará um
importante legado para nossa população. Ao lado de outras iniciativas
realizadas pela atual gestão, a requalificação da lagoa atende a um novo
conceito de cidade, com a oferta de espaços públicos de qualidade para a
população.
- Além do permanente
trabalho de fiscalização e acompanhamento da PMJP, a obra da nova lagoa foi
auditada pela Controladoria Geral da União (CGU), que em seu relatório sugeriu
adequações, já observadas pela prefeitura. A própria instituição considerou, no
ano passado, a capital paraibana como uma das mais transparentes do país.
Ressalte-se ainda que, além da CGU, a PMJP está enviando todas as informações
necessárias sobre a obra aos órgãos competentes.
- Para a prefeitura,
fica claro que a tentativa de instalação de uma CPI em pleno ano de eleições
tem um propósito puramente eleitoreiro. Lamentavelmente, a oposição quer
utilizar a Câmara de Vereadores como instrumento de interesses políticos
menores.
- Convicta da
importância da obra para a cidade, e de que as instituições competentes irão
acolher as explicações da prefeitura, embasadas em relatórios técnicos, a PMJP
reafirma o compromisso de que o novo Parque Solon de Lucena será entregue à
população em junho deste ano.
Prefeitura Municipal
de João Pessoa
João Pessoa, 08 de
março de 2016.
Do G1 - PB
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