quinta-feira, 16 de abril de 2015

Dilma empossa Henrique Alves no Turismo, e espera pacificação com o PMDB

(Roberto Stuckert Filho/PR)
O novo ministro do Turismo, o peemedebista Henrique Eduardo Alves, tomou posse nesta quinta-feira com uma função dupla: além de comandar a pasta com a qual tem pouca familiaridade, ele terá de auxiliar o governo na articulação política, especificamente com o PMDB da Câmara.
Na entrevista que concedeu logo após assumir o cargo, Alves falou mais de política do que dos desafios do setor turístico. Ele reconheceu que uma de suas prioridades será melhorar o diálogo do governo com o Congresso. "Nós esperamos ajudar na tarefa da articulação política, que é importante não só para o governo, mas para o Brasil", disse ele.
O ex-presidente da Câmara minimizou a crise política do governo e afirmou que vai trabalhar pela "harmonia" e pelo "entendimento", inclusive aconselhando o atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Frequentemente, Cunha e a bancada do partido têm agido contra os interesses do governo.
A presidente Dilma Rousseff, a única pessoa a discursar durante o evento desta quinta, disse que Henrique reforça a "capacidade administrativa" e a "ação política" na área do turismo. "Essas duas características são indispensáveis a qualquer governo", afirmou ela.
A nomeação de Alves resolveu um problema, mas criou outro: o lugar assumido por ele era o de Vinícius Lages, um indicado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Insatisfeito com a troca, Renan pode dar o troco trabalhando para barrar a nomeação de Luiz Edson Fachin, indicado por Dilma para o Supremo Tribunal Federal.
A troca no Ministério do Turismo é a quinta em pouco mais de cem dias de mandato. Antes de Vinícius Lages, haviam perdido o cargo os ministros da Educação, Cid Gomes, da Comunicação Social, Thomas Traumann, de Relações Institucionais, Pepe Vargas e dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti.

Site da Veja.

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