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(Roberto Stuckert Filho/PR) |
O novo ministro do Turismo, o
peemedebista Henrique Eduardo Alves, tomou posse nesta quinta-feira com uma
função dupla: além de comandar a pasta com a qual tem pouca familiaridade, ele
terá de auxiliar o governo na articulação política, especificamente com o PMDB
da Câmara.
Na entrevista que concedeu logo após
assumir o cargo, Alves falou mais de política do que dos desafios do setor
turístico. Ele reconheceu que uma de suas prioridades será melhorar o diálogo
do governo com o Congresso. "Nós esperamos ajudar na tarefa da articulação
política, que é importante não só para o governo, mas para o Brasil",
disse ele.
O ex-presidente da Câmara minimizou a
crise política do governo e afirmou que vai trabalhar pela "harmonia"
e pelo "entendimento", inclusive aconselhando o atual presidente da
Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Frequentemente, Cunha e a bancada do partido têm
agido contra os interesses do governo.
A presidente Dilma Rousseff, a única
pessoa a discursar durante o evento desta quinta, disse que Henrique reforça a
"capacidade administrativa" e a "ação política" na área do
turismo. "Essas duas características são indispensáveis a qualquer
governo", afirmou ela.
A nomeação de Alves resolveu um
problema, mas criou outro: o lugar assumido por ele era o de Vinícius Lages, um
indicado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Insatisfeito com a
troca, Renan pode dar o troco trabalhando para barrar a nomeação de Luiz Edson
Fachin, indicado por Dilma para o Supremo Tribunal Federal.
A troca no Ministério do Turismo é a
quinta em pouco mais de cem dias de mandato. Antes de Vinícius Lages, haviam
perdido o cargo os ministros da Educação, Cid Gomes, da Comunicação Social,
Thomas Traumann, de Relações Institucionais, Pepe Vargas e dos Direitos
Humanos, Ideli Salvatti.
Site
da Veja.
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