
Um repórter do Reino Unido decidiu fazer
uma experiência: passando-se por irmão de uma mulher que precisava de um
transplante de rim, ele anunciou sua situação fictícia em um grupo no Facebook
criado para facilitar a compra e venda de órgãos humanos.
Resultado? O jornalista do Sunday Post
recebeu 11 ofertas em uma semana, incluindo propostas de dois britânicos (que
pediam o equivalente a R$ 78 mil e R$ 117 mil), e usuários na Índia, México e
Tanzânia. "Enquanto isso, o site também continha anúncios recentes
postados por britânicos desesperados, dispostos a arriscar suas vidas e
liberdade em troca de dinheiro", escreveu o repórter.
. O também britânico Telegraph
defende que a publicidade de venda de órgãos é uma "ofensa criminal"
ao país e o uso de tais grupos deveria colocar pessoas na prisão. Uma pesquisa
do Motherboard levou a um grupo na web ativo até 2013. As postagens variavam de
piadas a ofertas reais. "Quero dinheiro para viver no mundo", dizia
um indonésio de 30 anos.
De acordo com o site, o dinheiro é o
"incentivo claro" para quem quer vender os próprios órgãos. Por outro
lado, existem também páginas no Facebook incentivando a doação altruísta,
quando o doador está vivo, mas o processo acontece sob normas rígidas e sem
circulação de dinheiro.
No Reino Unido, é ilegal comprar e
vender órgãos — quem quer adotar o procedimento tem de viajar para o exterior
em busca de uma operação no mercado negro, evitando o Human Tissue Authority,
entidade que aprova os transplantes. O Post descreve as cirurgias como parte de
"uma indústria subterrânea controlada por gangues implacáveis".
Revista Galileu/ online
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