segunda-feira, 10 de março de 2014

Pessoas vendem os próprios órgãos no Facebook, diz jornal


Dinheiro é o incentivo de quem vende os próprios órgãos (Foto: Wikimedia Commons)

Um repórter do Reino Unido decidiu fazer uma experiência: passando-se por irmão de uma mulher que precisava de um transplante de rim, ele anunciou sua situação fictícia em um grupo no Facebook criado para facilitar a compra e venda de órgãos humanos.
Resultado? O jornalista do Sunday Post recebeu 11 ofertas em uma semana, incluindo propostas de dois britânicos (que pediam o equivalente a R$ 78 mil e R$ 117 mil), e usuários na Índia, México e Tanzânia. "Enquanto isso, o site também continha anúncios recentes postados por britânicos desesperados, dispostos a arriscar suas vidas e liberdade em troca de dinheiro", escreveu o repórter.
. O também britânico Telegraph defende que a publicidade de venda de órgãos é uma "ofensa criminal" ao país e o uso de tais grupos deveria colocar pessoas na prisão. Uma pesquisa do Motherboard levou a um grupo na web ativo até 2013. As postagens variavam de piadas a ofertas reais. "Quero dinheiro para viver no mundo", dizia um indonésio de 30 anos.
De acordo com o site, o dinheiro é o "incentivo claro" para quem quer vender os próprios órgãos. Por outro lado, existem também páginas no Facebook incentivando a doação altruísta, quando o doador está vivo, mas o processo acontece sob normas rígidas e sem circulação de dinheiro.
No Reino Unido, é ilegal comprar e vender órgãos — quem quer adotar o procedimento tem de viajar para o exterior em busca de uma operação no mercado negro, evitando o Human Tissue Authority, entidade que aprova os transplantes. O Post descreve as cirurgias como parte de "uma indústria subterrânea controlada por gangues implacáveis".

Revista Galileu/ online

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