
MÔNACO - O atacante Hulk ainda não
conquistou totalmente os brasileiros. Na Europa, porém, ele continua bastante
valorizado. O Monaco acaba de oferecer ao Zenit 60 milhões (cerca de R$ 175,6
milhões) para comprá-lo e o acordo está prestes a ser concretizado. Será uma
das três maiores negociações desta temporada europeia.
Hulk aguarda na Rússia, para onde viajou
sábado depois de alguns dias de descanso pós-Copa das Confederações, o desfecho
das negociações. Ele não jogou ontem pelo Zenit na estreia no campeonato local
– vitória por 2 a 1 sobre o Krasnodar –, mas no clube a informação é de que
estará em campo domingo contra o Rubin Kazan. Caso não seja negociado até lá,
claro, o que parece improvável.
De acordo com a emissora de rádio
francesa "RMC Sport’’, Hulk já chegou a acordo salarial com o Mônaco e
aguarda apenas o acerto do clube do Principado com os russos. O empresário do
jogador, Teodoro Fonseca, prefere não entrar em detalhes sobre a transação e
não confirma acerto financeiro entre o seu representando e o novo-rico do
futebol europeu (mais informações nesta página). "Cabe ao clube confirmar
isso e comunicar à imprensa’’, limitou-se a dizer.
Mina de ouro. Hulk tem movimentado
milhões de euros. Há menos de um ano, mais exatamente em 3 de setembro de 2012,
o Zenit investiu também 60 milhões (R$ 159 milhões na época), portanto o mesmo
valor que está prestes a receber agora, para tirá-lo do Porto.
Uma contratação que deu o que falar. O
brasileiro assinou contrato por cinco temporadas com o clube de São Petersburgo
com salário anual que atingiria 6,5 milhões de euros (R$ 19 milhões em valores
atuais). Isso causou revolta na maioria dos jogadores do Zenit, que têm
vencimentos bem menores.
O clube chegou até mesmo a afastar dois
dos maiores ídolos da torcida – o volante Denisov e o atacante Kerzhakov, ambos
titulares da seleção russa –, por terem se insurgido publicamente contra o alto
salário pago a Hulk, e também ao belga Witsel, um volante contratado do Benfica
na mesma época. Reclamavam que os salários dos atletas que já estavam a serviço
do Zenit eram bem menores e consideravam um absurdo valorizar os
recém-chegados.
Hulk sempre negou ter problema de
relacionamento e que sofresse boicote dos "companheiros’’ de Zenit. Mas o
fato é que também enfrenta resistência de parte da torcida – uma ala mais
radical chegou a pedir à diretoria do clube, no ano passado, que não
contratasse negros, latinos e gays –, a ponto de uma falsa bomba, com fotos do
brasileiro, ter sido deixada no CT do time russo em setembro, num atitude
entendida como ameaça explícita ao atacante.
O brasileiro não chegou a ser agredido
ou sofrer efetivamente algum atentado – nem seus familiares –, mas não teve uma
grande temporada no Zenit. Poucas vezes se destacou, apesar de ter sido titular
durante todo o tempo. Nem por isso perdeu prestígio na Europa. A ponto de,
antes do interesse do Monaco, ter sido sondado por vários clubes. E o técnico
português José Mourinho, ao acertar sua volta ao Chelsea, colocou o brasileiro
na lista de reforços que gostaria de receber.
Não deu negócio com os ingleses, mas
agora Hulk está perto de jogar o Campeonato Francês. Concretizada, a ida de
Hulk para o Monaco envolverá mais dinheiro do que a negociação que levou Neymar
do Santos para o Barcelona ( 57 milhões, ou R$ 166,9 mi).
Estadão/esportes
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