“NÃO
FIZ NADA DE ANORMAL”.
Pouco
mais de R$ 3 mil é o salário do 1º tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva,
35 anos, policial militar do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro que recusou
suborno de R$ 1 milhão ao prender o traficante
Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha.
“Não tive nenhuma atitude anormal”, afirmou nesta sexta-feira (11) o PM.
Segundo
o tenente, o salário não é o que deve mover um policial. “Caráter, valores
formam um policial honesto”, disse.
O
traficante Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10),
enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro, em consequência da ação de
homens do Batalhão de Choque, que faziam revistas nos acessos à comunidade da
Rocinha. Antes da prisão, os homens que o ajudavam chegaram a oferecer R$ 1
milhão de suborno em troca da liberdade de Nem, segundo a polícia.
“Só
fiz o meu trabalho, aquilo que sou treinado para fazer, o que acreditava, os
valores que meu pai e minha mãe me colocavam desde criança. Acredito que sejam
os valores que a maioria da sociedade tem, então não fiz nada demais, não tive
nenhuma atitude anormal”, disse o 1º tenente em entrevista no batalhão.
Segundo
Gomes, seus três filhos acompanharam tudo pela televisão e tentavam protegê-lo.
“Meus filhos fizeram muita brincadeira por conta de ver o pai dentro da
televisão, dando tchau, tentando interação, que todo mundo sabe que é impossível,
mas no mundo imaginário de uma criança, tudo é possível”, contou.
G1
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