sexta-feira, 11 de novembro de 2011

POLICIAL QUE RECUSOU PROPINA DO TRAFICANTE "NEM" DISSE QUE NÃO FEZ MAIS QUE SEU DEVER.


                                “NÃO FIZ NADA DE ANORMAL”.
   Pouco mais de R$ 3 mil é o salário do 1º tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, 35 anos, policial militar do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro que recusou suborno de R$ 1 milhão ao prender o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha. “Não tive nenhuma atitude anormal”, afirmou nesta sexta-feira (11) o PM.
   Segundo o tenente, o salário não é o que deve mover um policial. “Caráter, valores formam um policial honesto”, disse.
   O traficante Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10), enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro, em consequência da ação de homens do Batalhão de Choque, que faziam revistas nos acessos à comunidade da Rocinha. Antes da prisão, os homens que o ajudavam chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno em troca da liberdade de Nem, segundo a polícia.
   “Só fiz o meu trabalho, aquilo que sou treinado para fazer, o que acreditava, os valores que meu pai e minha mãe me colocavam desde criança. Acredito que sejam os valores que a maioria da sociedade tem, então não fiz nada demais, não tive nenhuma atitude anormal”, disse o 1º tenente em entrevista no batalhão.
   Segundo Gomes, seus três filhos acompanharam tudo pela televisão e tentavam protegê-lo. “Meus filhos fizeram muita brincadeira por conta de ver o pai dentro da televisão, dando tchau, tentando interação, que todo mundo sabe que é impossível, mas no mundo imaginário de uma criança, tudo é possível”, contou.
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário